Descubra quem vocês são e tentem não ter medo disso.

terça-feira, 22 de novembro de 2011



Acordei mas ainda sentia seu cheiro pelo quarto e grudado em minha pele. Uma ânsia de viver surgiu em mim. Um impulso vital. Mas a cabeça vazia de todo esse tempo não sabia como agir com essa vontade toda; muito menos se concentrava para pensar no aqui e no agora. Mergulhei no êxtase da vontade e alí permaneci por muito tempo. Envolto de cheiros, lembranças, risos e músicas; mas agora de uma maneira que isso não mais me consumia. Reguei a mirra e podei a roseira.


continua ...

22/11/2011 - Quando você fica anciosa, olhando para todos os lado, não sabe o que falar, não sabe como agir, acha que tudo pode mas ao mesmo tempo nada tem ... é exatamente assim que estou. Encantada, segura, mas ao mesmo tempo com medo. Feliz de sentir, feliz de escrever, feliz de reconhecer alguém.

sábado, 19 de novembro de 2011



Dormi. Não sei quanto tempo, mas dormi. Sonhei com ela ... ela que não vinha ... ela que veio mas não reconheci. Sonhei e senti. Havia toques e cheiros no sonho. Conversas e risos. Não queria acordar. E se quando acordasse fosse tudo irreal? E se não houvesse ela para me tocar ou se não houvesse pelo menos a lembrança de seu cheiro? Sonhei que vivia. Ela nunca havia ido. Esteve sempre ao meu lado; do jeito dela. Com palavras, músicas, pinturas, bebidas e plantas. Ela, ela ... ela ... normal ... ela, aqui.
Porém, acordei.


continua ...




19/11/2011 - Cinco meses depois ... o que aconteceu???
Passei na puc e ridiculamente agora quero ficar la. Boas pessoas, bons professores, boas matérias ... muitaaaaaaaaaaaaaaaaaaa correria com trabalhos, projetos de extenção, quereres.
Viagem daqui a pouco de muita experiência e loucura total trabalhando com contabilidade.
Porém ... depois do último post, mais cinco meses de pura preguiça alheia, mesmo com alguma diversão. Vejo quem não preciso e parece estar tudo bem. Conheço alguém que não é pra mim. Encanto-me com quem é menos ainda para mim.
E com preguiça vou vivendo, saindo dela por horas, dias, talvez até por um período bacana ... mas sem um propósito possível; real até é.
A arte de 'apaixonar-se' por gostos e jeitos e não por rostos ... por temperamento, por movimento, por atitude, por ver uma 'história' ... e não por tesão, por pegação, por vontade ... Um gostar simples, um querer simples ... um não poder ... um não poder por certezas; e certezas nem sempre são discutiveis.
Mas sou feliz, muitoooooo feliz de ter mais uma pessoa fantástica em minha vida e isso é uma coisa simples também; não o ter, mas o ato em si, não é um esforço gostar de alguém foda no geral e foda para você também.

segunda-feira, 27 de junho de 2011



Ontem recebi uma visita. Assustei-me com essa outra moça entrando pela casa, abrindo as cortinas, janelas, fazendo pilhas de coisas sujas, dos lixos, dos livros. Quem é você que não me lembro? - pensei. Pois familiar ela era e ainda assim encantadora me pareceu. Despertou um sorriso no canto de minha boca e até da poltrona me levantei. Toquei seu rosto como se fosse um cego; não via um outro ser (humano) há muito. Ela arrumava a casa, por muito tempo moribunda, e falava, falava e falava. Uma alegria, uma luz e uma vontade já distantes de mim. E então ela parou de falar do mundo que trancafiado eu não vi evoluir. Parou e se dedicou a mim. Banho, barba, unha, roupa, comida, suco no lugar do café e um novo maço de cigarros. Então ela também me tocou como se fosse uma cega e como se não visse há muito um homem. Num entrelaçar de olhares, com vergonha ela deu as costas; riu, regou as plantas e foi debruçar na janela que permitia a entrada do vento; ondulando seu cabelo de um preto infinito.

continua...






27/06/2011 - La se foi mais de um mês. E uma tempestade louca de preguiça humana. Eu não queria sair, tinha preguiça de conversar e mais preguiça ainda só em pensar em conhecer alguém. Acho que ainda estou um pouco nessa crise misantrópica; entretanto, de um dia para o outro, literalmente, um ser conseguiu não só me tirar da preguiça como despertar um lado há 10 meses adormecido. Merece meu respeito e um parabéns. Porém, não sei o que será desse caso de uma noite e confesso que por mim poderiam ser muitas noites, hohohoho. Bom, no mais, esprando resultado da puc e eu não quero fazer puc; não quer dar de cara todo santo dia com a vadia; fim de assunto. Um mês e sem novidades; é isso.

sexta-feira, 13 de maio de 2011




No primeiro dia que ela não veio eu sentado esperei. Esperei por horas na mesma posição. Depois esperei por horas na janela ensaiando um aceno e um sorriso. Ainda esperei nervoso caminhando de um lado para o outro. Sentei emburrado, baforando o cigarro ... os cigarros .. já não mais esperando por ela, ou talvez mais do que nunca eu a esperava. Ela não veio no outro dia, nem no outro, nem na outra semana ... ela nunca mais veio e eu sempre esperei. Carrancudo, sentado ou andando, até hoje espero. Eu não entendo. A última lembrança que tenho é dela contando como sonhos podem ser borboletas e pessoas apenas pessoas. Ela sorria ao dizer isso e falava ainda mais. Transformava as borboletas em águias e ia longe. Fantasias ou objetivos, não importava, ela acreditava e desejava. Será que conseguiu cumprir esses devaneios? As vezes penso que ela era o espelho que raramente eu encarava. Espelhando a garra enquanto o objeto era fixo e escuro. A única luz que eu emitia era ao ensaiar um timido sorriso quando ela dançava, sorria ou falava de seus gostos.

continua...





13/05/2011 - Qualquer crise existencial foi desmanchada no meu aniversário; por ver todo mundo e particularmente por duas pessoas extraordinárias. É tão lindo quando vem do coração um: você é o anjo que apareceu na minha vida, você é uma pessoa maravilhosa, eu te amo, você merece tudo de bom ... e por ai vai .. sério, eu fiquei realmente felizzzzzzzzzzzz *-* .... mas assim, eu tenho ciumes e tive muitooo mais na comemoração do meu aniversario, HAHAHHAHAHAHAH .... acontece né, eu assumo, e talvez assuma um vontade de algo a mais de novo. Enfim, ainda acho que preciso estudar mais, mas acho mais que preciso dormir se não nada conseguirei fazer. Estou feliz com a volta de alguns amigos e bem com o modo que ando lidando com sentimentos remanescentes, até porque não estou aberta à novos por enquanto. ( mas off aqui, se eu ver eu anda mato ... e sempre que vejo um golden na rua me da um aperto gigantesco ).

domingo, 24 de abril de 2011



(...) Não sei quanto tempo se passou desde que o café acabou. Lembro-me apenas de ter afundado na poltrona e fumado os dois últimos cigarros. Dormi e perdi a linha de meus pensamentos. Acordei com o cheiro do café sendo feito mas não consegui descobrir quem o fizera. A porta estava trancada e só a velha janela permitia a passagem de ar; acho que não de uma outra pessoa, ainda mais só para fazer café. Será que ela veio cuidar de mim? Será que ela entrou por aquela janela na qual eu sempre a olhava chegar? Tenho total consciência de estar ficando maluco. Pois maluco ficarei. Talvez se eu sair de casa e gritar no meio da avenida que procuro por uma mulher jovem ela apareça ou alguém me diga onde encontrá-la. Contei esse pensamento para meu lado moribundo e ele me perguntou se eu saberia descreve-la para as pessoas terem noção do que me ajudar a procurar e eu disse que sim; claro que sim. Acho que menti. Recordo todos os dias, todas as conversas e detalhes, mas quando paro para anotar minha visão tudo se torna um borrão até sumir completamente. Então soco a poltrona, travo os dentes e tomo metade da garrafa de whisk; aquele mesmo que havia parado de beber. Embreagado eu tiro a blusa para meu corpo traspirar e ensaio passos de um bolero qualquer. Só eu e eu, sendo observado pelas rosas e pela mirra. Horrorizadas com a selvageria de um velho elas se escondem. Quando sóbrio e no outro dia vejo mais uma vez a casa moribunda e eu passando a ser indesejavel alí. Não faço parte mais da minha própria casa.

continua ...



24/04/2011 - Deve ter 19 anos o que sinto e lembro de piques desse sentimento. Não lembro o que fiz para melhorar; penso que é uma prova então cada vez meu desempenho precisa ser melhor e diferente. Já deve ter duas semanas essa porra e eu não quis falar com ninguém; na verdade ainda não quero e por isso estou escrevendo aqui. Você já se sentiu completamente sozinho nesse mundo mega povoado ou simplesmente sentiu que o lugar que você está não é o melhor para você? Talvez seja o inferno astral visto o meu aniversário, mas estou sentindo muitooooo disso ultimamente. Fiquei pensando o quão importaria para todos um sumisso repentino e a resposta é que não importaria e se alguém ler isso talvez vire e me fale que importaria sim; mas acho que eu não saberia explicar o tipo de importancia a qual me refiro; então não, não importaria. Estou falando sobre não ser só a pessoa que você vai ligar quando precisar conversar ou precisar de um favor; por que não ser a pessoa que você vai ligar para sair junto de todas as outras que você passa a maior parte de seus momentos ou a pessoa que quando entrar no msn você vai la conversar bobagens? Desde que conheci o mundo, o mesmo que vejo hoje, e ele simplesmente foi separando e separando alguma coisa muito errada tomou conta de mim. Esse sentimento de perda, de vazio e de inutilidade, assim como futilidade. É perfeito estar na rua, mesmo hoje sendo com grupinhos separados e não com a massa que era aos meus benditos 14 anos, bebendo e conversando; mas é horroroso chegar em casa e saber que acabou a noite e que irá demorar pra acontecer uma como aquela; simplesmente porque nem sempre sairei, nem sempre vão chamar e as pessoas mudaram. E sinto que ao longo desses anos de separação e esquecimento fui me moldando para viver nisso. Por mais que exista piques desse sentimento e que por vezes vivo amores reais, hoje me vejo na busca da imparcialidade e até da indiferença. Por muito tempo pensei que iria ter algumas pessoas para sempre e hoje é mais do que visivel que isso é mentira. Por mais que converse com muitas e até as veja falta essa essencia que arrebatva corações jovens. A vontade de todo mundo ser unido e unidos se divertirem. Perdi as grandes pessoas que poderiam entender o que estou querendo dizer aqui; não acho que escrevo para colegas e amigos mais recentes, até porque muitos fazem parte da minha maré de futilidade. Ahhh, como me irrita conhecer alguém que não vive no mesmo mundo que o meu, logo, tenho preguiça de sair à procura do que me interessa e acho que isso se deve ao medo de perder tudo mais uma vez. Ou de ser esquecida mais uma vez. Eis a verdade; todo mmundo é esquecido, eu só não fui completamente, ainda. Cada dia que passa planejo um pouco mais da minha saída de casa, do Brasil; não vejo a hora de entrar na faculdade, formar e ir embora; isso significa dar a volta na América do Sul e quem sabe um dia voltar. Acho que voltaria por algumas pessoas; algumas eu acredito que bem no fundo sintam saudade. Essa coisa toda de querer ser alguém para todos que foram importantes para mim ou só ser alguém para alguém ... essa batalha dolorosa me afasta de mim ... acho que quando sinto tudo isso eu vejo que não cresci na vrdade; sou aquela pessoa nova, com vida e com amigos; então volto à realiade e sou o que muitos conhecem. Felizes os que podem lembrar de mim; nem sempre eu mesma consigo.

quinta-feira, 14 de abril de 2011




Ela havia me dado a oportunidade de ser e sendo eu criava minhas próprias obras. Enquanto as dela por vezes escondiam e outras escancaravam o medo e a dor, o que se resume em amor, as minhas eram baladas desse amor; sempre dedicadas a falta que eu já sentia por não tê-la. No momento do gozo de sentimentos me parecia que trocavamos de personalidade. Ela deixava de ser a criança agitada e esperançosa para ser densa e profunda. Eu deixava de ser o velho calculista e me entregava a junção da pura arrte; os amores fantasisos. Mas isso também ela nunca soube. Mais uma faceta minha e só minha; escondida no mais interno e intimo do meu ser, que era, pois ela ensinou a ser. Guardando tantas verdades ... talvez até hoje eu ainda guarde o sentimento carnal e o criativo que uma mulher misteriosa em minha casa despertou. Andei queimando tudo o que escondia na gaveta. Tudo o que criei foi para ela e nunca tive coragem de mostrar; agora que tenho pelo menos a de escrever ela se foi e eu continuo debruçado na janela; mesmo agora em que escrevo e fumo ao memso tempo. A sede sufoca e o sono chega; o café acabou ...

continua ...



14/04/2011 - Bobagens ... na verdade é saudade ou tavez ainda seja desejo. É, eu assumo isso; essa acomodação minha com a vida que levava com ela ... mas poxa, era aquilo que eu tinha pedido e Merlin já dizia: cuidado com o que desejas, os céus podem atender ... uma pena nem Merlin ser eterno, que dirá isso, aquilo e aquilo outro ali. Bbagens de novo; só um dia nostalgico que não darei importancia como tantos outros dias iguais. Falemos de coisas boas. Passei na prova de legislação; já poderei desfrutar da arte de aprender a dirigir. E fim. Vida pacata sem mais problemas além dos estudos e da falta de inteligencia de algumas pessoas que permanecem distantes: fuck ... Ah claro, há um problema sim, eu idiota e talvez menos inteligente ainda que os seres distantes, parecendo adolescente de 14 anos ( e nao adianta falar que eu tenho 14 anos para sempre ) boba feliz e iludida com amor platônico xD

domingo, 10 de abril de 2011



As vezes a pintura e o desenho eram retratos fiéis de sua melancolia. Não sei se por essas dores no papel as arrancavam do peito, o fato é que nesses dias o céu permanecia nublado e o sorriso dela entregava sua frustração. Pergunto-me até hoje se era frustração com a vida que ela mesma levava ou se era com o futuro desacreditado do mundo que regredia por negar a arte; arte que ela fazia. Particularmente eu acreditava que os grandes artistas eram todos melancolicos e só criavam nos estados mais deprimentes; talvez por isso eu a observava mais nessas ocasiões. Esperava uma grande criação ou uma grande fala, sem perceber que ela já havia me dado a maior e mais bela obra de todas.

continua...


10/04/2011 - Assumindo minha saudade ainda de algumas pessoas e minha raivinha de outras. A verdade e que mesmo me sentindo inutil essa semana por ter estudado pouco e por essa quarta que vem ter prova de legislação e não lembrar de nada fiquei feliz. Feliz por ter ido ao teatro com meus amigos e especialmente a Bia; mulher de lindos olhos e sorrisos, por mais tristes que me pareçam. A saida de hoje e ela me fizeram escrever; continuar esse caso que vou criando de acordo com, err, não sei, hahahaha, que vou criando e só. Queria só escrever, logo, não tenho nada mais interessnate para contar nessa parte um tanto quanto pessoal e que muitas vezes já serviu como desabafo.

sábado, 2 de abril de 2011



E as vezes ela comentava entre risos e ironias sobre um ou outro rapaz. Eu não sabia o que me incomodava mais: a ironia do olhar, dos gestos e das falas ou o próprio sentimento que ela poderia realmente nutrir por esses garotos. Ela não me via com esses olhos e hoje acho que eu sentia ciúmes. Mas não sei dizer se na época eu possuia olhos de um felino procurando sua presa. Acho que não. Parecia mais com um cão sábio e velho, deitado ao lado da poltrona. Mas de sábio também não possuia nada. Deixava-me levar por esses sentimentos fantasiosos e os maquiava interiormente também. Provavelmente ela percebia esse rebuliço ridiculo e então brincava mais ainda com a vida; a minha, a dela e a dos outros; que ela realmente considerava como outros. E não sei se ela também entendia seus próprios sentimentos. Por mais que viesse sempre, as vezes vinha e nada falava. Sentavava-se no chão e o fitava, nas ocasiões mais sérias tentava se aliviar desenhando, escrevendo, pintando ou cuidando de suas próprias flores. Mas nada falava. Eu costumava a observar mais nessas ocasiões. Sentava-me na poltrona, acendia vários cigarros e olhava. Olhava fundo, tentando achar o que movia o amor e a tristeza dela; nunca achei ódio naquela delicada porcelana recoberta de seda.

continua...



02/04/2011 - Na ultima vez que postei fiquei refletindo as injustiças da morte. Quase um mês depois dessa tal morte ainda me pego relembrando fatos bem antigos ou do dia do enterro. Algumas lembranças me fazem sorrir; mesmo que seja andando no meio da rua e olhando para o céu; parece que ela está ali me olhando e cuidando. As outras lembranças são ainda os questionamentos; o entender por que e o não cair da ficha. Enfim; são momentos ainda bastante presentes. No mais acho que está na hora de voltar a me dedicar como bem no comecinho do ano aos estudos; não ter a responsabilidade de pontos pode fuder a vida de um estudante; enfim, botei na minha cabeça que vou passar então preciso fazer por onde e vou. Resolvi tatuar mais mês que vem, mais tres flores, completando as tres que já existem em minha perna, e no espaço entre elas fazer pequenas margaridas; mas dessa vez parecem tatuagens sem um significado; acho que já não são pra mesma pessoa de antes, nem pra ninguém; talvez sejam pra mim, por ter cismado que quero fechar essa perna e por amar flores. A verdade é que estou me vendo sem sentimentos, parece que realmente me livrei do gostar por mais que saudades ainda existam ... saudade existe, vontade não ... pessoas novas por ai, interesse nenhum em conhece-las. Penso que já conheci as pessoas fundamentais, seja pra fuder com a vida, seja pra te-las pra sempre. Não nego que nos demais anos muita coisa muda e muita gente aparece, mas cada dia tenho mais certeza de pertencer, em questoes de sentimento, a apenas algumas. E falando em saudade eu continuo muitas noites esperando a Thata me ligar, esperando alguns finais de semana a Ciça vir, esperando algumas pessoas sentarem nos velhos bares comigo, esperando um grito de guerra no começo do jogo. São saudades ...

terça-feira, 22 de março de 2011



A verdade é que a vinda dela me dava esperança. Essa era a palavra. Mas eu não conseguia explicar denotativamente. Dava significados como: sorrir, gargalhar, conversar, querer, presença, carinho, brilho, olhar, toque, respeito, gestos, palavras, ciúmes, diversão ... porém, esses significados eram internos. Quando ela me perguntava por que eu a olhava tão profundamente eu respondia que era porque ela tinha futuro para mudar o mundo ou ser uma artista; as vezes respondia que ela devia ser mais pé no chão e procurar um casamento para cuidar da casa. Isso não era verdade. Não combinava com a liberdade que ela achava que tinha e eu também não achava que ela deveria se casar. Se isso acontecesse eu perderia minha companhia inconsequente ou me tornaria um conselheiro para um casal de jovens provavelmente apaixonados. Desconhecia a maior parte de meus sentimentos de ternura romântica para com ela, mas sabia que nenhum de nós dois possuia vocação para casamento.

continua ...



22/03/2011 - Quando perdemos alguém, e digo perder mesmo; morte, parece que a vida é completamente sem sentido. Fiquei me perguntando o por que de ser com aquela pessoa tão carinhosa, boa com os outros, mãe perfeita e, pelo menos aos olhos inocentes de um bebe, que foi quando a conheci e aprendi a ama-la, sem defeitos .... não achei respostas, concordei mesmo na injustiça terrena, divina, pessoal, coletiva e liguei um foda-se pra vida em muitas questões.
Preciso resolver situações, se é que elas existem, mas preciso pelo menos falar. Falar que gosto, que protejo e quero saber o por que dos ultimos acontecimentos. Falar tchau. Falar Oi realidade. É ... falar .... sei la!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011




Nesses comodos moribundos, ainda apoiado na janela, sentindo a chuva, o vento e mesmo o calor, eu costumava pensar se ela havia me amado como eu amei a sua vinda.
Não! Amado não, isso seria forte demais para uma jovem; era forte demais até mesmo para mim, que já naquela época era "vivido".
Mas ainda assim arrisco a dizer que amei.
Amei novos cheiros e cores; costumava observar ela nas plantas quando ausente.
Amei o sorriso simples, sincero e belo; parece-me que aind hoje mantenho essa única lembrança nitida, não só na minha memória, mas nos olhos e no meu próprio sorriso, que acaba por aparecer quando lembro do dela.
Amei inumeras coisas que só reconheci após sua partida e por não ter reconhecido tudo isso antes perdi a chance de entender o dobro, de perguntar por que e de sentir direito o sincero gostar.

continua...


26/02/2011 - O que vem acontecendo esses dias? Nada! Estudos; minha vida esta girando em torno diso e quando paro e lembro de rodar uma outra parte do meu mundo eis que bebo e falo e falo e falo; pra quem não devia falar, acredito eu, simplesmente porque acabou, se perdeu, não volta, não pode voltar, por ela, por mim, porque isso sim é o correto; não falar. A verdade é que sentirei sinceras saudades da Thata, que vai embora por um motivo digno, mas vai embora de forma nada digna, eu diria ate vergonhosa, pelo menos diante de mim. Desejo alguma felicidade pra Marina; nada demais; não consigo ainda e nem é meu objetivo conseguir, mas assumo que pequenas conversas toscas me deixam bem alegre. Divagações com a Ciça e grrr, calem minha boca, ela não merece saber que meu olho brilha porque lembro daquele sorriso; ela só merece o meu Oi, venha aqui, quero ver minha filha, PONTO. Dona Bruna se perde por ai, um ai bem longe de mim e o que posso eu fazer? Nada; tentei, ela quase me deu a mão, pelo menos pra essa ajuda, mas parece que na maior parte dos dias ela desiste. E muitos por ai vão se perdendo também e sinceramente eu os deixo. Tracei um objetivo esse ano e sinto dizer que meu lado São Francisco não entrou nem nos planos b's; ainda que um ou outro sempre tenham minha ajuda e eu acabo pedindo ajuda também. Por fim, EI, DEUS, DEUSA, DEUSES, VÃO TOMAR NOS RESPECTIVOS C*************, tem gente boa demais nesse mundo que não merece passar por nenhuma prova idiota de nada, grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!!!

domingo, 13 de fevereiro de 2011



E muitas vezes dormi chorando e acordei no meio da noite suspirando de forma profunda. Parecia que sonhava com a ida dela e nunca conseguia chegar ao final do sonho; que para mim seria seu retorno.
Ela não voltaria nem para aliviar meus pensamentos. Talvez porque me achava um velho bobo, mas eu preferia acreditar que ela não sabia como voltar; afinal ela teria que vir por um caminho diferente daquele em que eu conseguia a ver pela janela. Aquele caminho sumiu para muitos, coo ninguém mais via as brumas de Avalon.
Quando acordava no meio da noite me levantava, tomava café e rabiscava no papel algumas notas de uma melodia perdida, como ela, na direção que vinha.
Acho que a música mantinha a roseira e a mirra vivas. Mesmo que tristes e definhando parecia que a ilusão de uma nota alegre despertava sua clorofila por uns três dias, e então, o cheiro exalava e um botão se abria. Nessas horas eu tinha certeza da sua volta. Mas os dias passavam e a casa inteira voltava a ser moribunda como eu.

continua...



14/02/2011 - Qual será a música do corpo a cada momento? Qual será a cor que você emite junto dessa nota musical? Frequências ... você vibra. Você é uma onda!
A verdade é que preciso cuidar dela e que à sua maneira ela vem me dando agradaveis desafios, momentos, pensamentos, viagens.
São 1:32 da matina de uma segunda feira e eu estou viajando nos chakras, nas cores, nas estrelas, nos abraços e no carinho após meditar e dormir por mais de duas horas a base de um incenso aceso no meu quarto azul. Ok, sou completamente normal.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011



Ela não sabia a falta que me fazia. Eu ansiava por abraça-la outra vez e por ouvir seus casos mirabolantes; de gente que sonha acordada por uma vida inteirinha.
Desejava isso sempre que me debraçava na janela e ali me debruço esperando vê-la. Ela sempre chegava daquela direção com um vasinho na mão e uma sacola. O vaso sempre de mirra ou rosa; ela gostava das cores, formatos e metáforas, assim como o cheiro que a mirra exala mesmo agora já seca. A sacola costumava trazer o whisk que parei de beber quando ela se foi; ela gostava do forte gosto da dose pura e como o álcool agia rápido em seu corpo.
Eu não gostava.
A verdade é que minha janela nunca ficava aberta, bebia só café e não tinha plantas. E não sei como isso mudou, não sei como ela entrou em minha vida. Penso que foi na praça quando ela alimentava os pombos e eu os espantava para por alí passar.Mas não sei; já não recordo nem de quanto tempo minha barba branca cresce sem ser aparada.

Continua ...



10/02/2011 - Acho todo mundo sem noção e dramatico. To triste e to com raiva. Fim.

domingo, 6 de fevereiro de 2011



Por muitos meses continuei me debruçando na janela e sentindo a chuva, o vento, o sol e qualquer coisa que moldasse o dia; provavelmente fiz isso por anos; desde que ela partiu. Mas só no dia da chuva que chicoteou meu rosto é que voltei a entender que o tempo passava ainda, até mesmo para mim.
Estava velho, cansado, moribundo e por que não afirmar de novo? Estava morto!
E não me interessava mudar. Achei inconveniente ter acordado para a minha realidade. Não queria fazer a barba, fechar a janela ou podar a roseira, muito menos cheirar a mirra. Se pudesse nem iria trabalhar. Sentaria na poltrona, fumaria e tomaria café; esperando a real morte, que parecia perto, visto minha barba branca e grande.


continua...



07/02/2011 - Não, não tenho nada para contar, muito menos sei o motivo de escrever essa história tãoooo, tãooooo .. é isso ai mesmo. Momento de deixar tudo fluir, apenas isso que sei e preciso praticar, no agora, faça você também!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

AEVUM


Uma manhã, ao acordar, debrucei-me na janela e deixei que a chuva chicoteasse meu rosto de barba à semanas sem ser feita.
Fechei os olhos, tomei uma ou duas respirações mais profundas; uma lágrima se confundiu com as gotas que haviam me molhado e ao mesmo tempo meu grito interno, de tamanha dor e raiva, foi abafado por um trovão; que provavelmente também rugia por tudo, ou só pelo nada do tudo.
Foi mais um dia normal de banho, comida, direção, trabalho ... mas ninguém percebeu que fumei cigarros a mais e tomei café também a mais; se pudesse teria bebido doses de whisk a mais; mas um dia parei de beber especialmente aquele whiske de tantas falas ...
Posso falar que parei de viver desde que ela se foi, deixando apenas aquele lenço vermelho que ao longo dos anos foi perdendo o doce e leve perfume que um dia eu havia lhe dado.
Parei de viver porque não há mais ninguém que cuide das roseiras, nem das mirras e, se as flores morrem qual a chance de um homem, sem amor e também sem cuidados, sobreviver?


continua...


03/02/2011 - Et dixit illis: Nolite timere; pax vobis. Deum benedicite in omne aevum.
A verdade é que fiquei na vibe de tatuar KAIROS; o momento certo, a oportunidade, o tempo eterno e ser o tempo eterno seria Aevum, enfim, O MOMENTO CERTO, entende??? Gostei muito, vou pensar sobre isso; mas preciso também retocar minhas flores e esperar para ver o desenho que o Pedro fará para complementa-la. Errrr, vivas para mim de férias até o resultado da federal sair; muita coisa aconteceu no final do ano e já nesse comecinho e parece que esse comecinho veio para concertar alguns mal feitos e mal entendidos ... vai saber .. Aho! Poucas pessoas e muitas histórias; preferia não me envolver em todas, até porque alguns casos me chateiam, mas se precisam e se eu preciso também, boraaaaaa uai!!!! Deveria contar muita coisa aqui; mas se não foi o caso antes talvez não seja agora também; deixa arder!!!! Chateada hoje com uma infeliz fala minha, mas que isso se resolva, no mais, alegre e isso é o que importa.

domingo, 9 de janeiro de 2011

PARA UMA TAURINA



Você sabe que estou com você, não sabe?
Assim, de maneira simples, de todas as formas. Perto, longe, por querer o corpo, por querer o coração, por carinho de quem cuida.
Sabe, eu sei que você sabe ...
Mas eu queria contar mais uma vez e te relembrar sempre, sussurrar em um sonho quando distante: conta comigo!
E só desejo que fique bem; mas um fique bem que seja real. Não quero ver essa preocupação em seu rosto, nem esse estresse que te pira, muito menos quero ver seus olhos tristes e seu sorriso faltando um pouco do brilho que você tanto tem aí guardadinho, que esconde por medo.
Quero rir da sua dança, da sua fala firme, da sua dose diária ... quero reconhecer você, que um dia eu conheci e me reconheci.



10/01/2011 - CARPE OMNIUM ... Historia vero testis temporum, lux veritatis, vita memoriae, magistra vitae, nuntia vetustatis.

sábado, 8 de janeiro de 2011

O LOBO ESCUTA



Ouvidos atentos.
Perseguição.
O que eu escuto aqui não é a mesma informação que chega lá.
Muita confusão.
Todos se estranham.
Todos se perdem.
O lobo observa uns, consola outros e ataca os demais.
Impunidade e distorção de carater.
Falta de atenção e precipitação.
Impulso vital.
Quebra de uma corrente firme.
Se isso acaba o que não acabaria?




08/01/2011 - Primeiro post do ano já com uma seamana decorrida. Uma semana de saídas; bebidas, beijos, conselhos, músicas, amigos, arrumações ... uma semana normal de férias. Estou me vendo quase que completamente em outra pessoa e isso é assustador; como ela diria: não sabia que eu era tão chata até conviver com você. HAHAHA todo o fogo de taurinos, hoho. A verdade é que eu espero mesmo que algumas coisas se resolvam para meus amigos. Muitos deles. Quase todos envolvidos na mesma confusão, na mesma distorção. Não tenho muito o que falar, talvez teria para cada pessoa, cara a cara, mas não agora e talvez nem tenha mesmo o que falar.