Descubra quem vocês são e tentem não ter medo disso.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011



Ela não sabia a falta que me fazia. Eu ansiava por abraça-la outra vez e por ouvir seus casos mirabolantes; de gente que sonha acordada por uma vida inteirinha.
Desejava isso sempre que me debraçava na janela e ali me debruço esperando vê-la. Ela sempre chegava daquela direção com um vasinho na mão e uma sacola. O vaso sempre de mirra ou rosa; ela gostava das cores, formatos e metáforas, assim como o cheiro que a mirra exala mesmo agora já seca. A sacola costumava trazer o whisk que parei de beber quando ela se foi; ela gostava do forte gosto da dose pura e como o álcool agia rápido em seu corpo.
Eu não gostava.
A verdade é que minha janela nunca ficava aberta, bebia só café e não tinha plantas. E não sei como isso mudou, não sei como ela entrou em minha vida. Penso que foi na praça quando ela alimentava os pombos e eu os espantava para por alí passar.Mas não sei; já não recordo nem de quanto tempo minha barba branca cresce sem ser aparada.

Continua ...



10/02/2011 - Acho todo mundo sem noção e dramatico. To triste e to com raiva. Fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário