Descubra quem vocês são e tentem não ter medo disso.

terça-feira, 24 de novembro de 2015



Neste momento de embriagues me pergunto se eu sou só no mundo ou se existe mais homens e mulheres apenas sobrevivendo e definhando por uma ilusão barata? Outro dia, antes de fechar a janela, reparava que uma outra moça, diferente dela, fazia os mesmos caminhos, mas esta não vinha até mim como ela vinha. Lembrei disso durante a embriagues daquele mesmo whisky e pensei: será que se eu reabrir a janela a luz entra e trás este novo rosto? Abri a janela. A vi. A luz não me incomodou. Isto me surpreendeu. Mas será mesmo que havia luz? Chamei a jovem. Reconheci no seu sorriso a falta de compreensão quanto  existência. Minha pergunta estava respondida; existia sim mais pessoas como eu pelo mundo. Outra pergunta minha mente criou: como eles lidavam com esta sobrevida?

Continua...



24/11/2015 - Eu disse jovem, o mundo é um moinho. E sabe de outra coisa jovem, a vida não é real. Mas ainda que tudo acabe no mesmo instante em que acontece o sorriso vale a dor.

"Não fala nada deixa tudo assim por mim 
Eu não me importo se nós não somos bem assim 
É tudo real nas minhas mentiras E assim não faz mal E assim não me faz mal não"

sábado, 12 de setembro de 2015





Então à casa voltei. Fechei a janela. A claridade do sol voltou a me incomodar. Aqueles rostos viraram borrões, os sorrisos se amarelaram até enegrecer. Nenhuma moça que vinha era como ela. Nenhuma moça alegrava-me mais que uns rápidos instantes insanos. A mirra voltou a murchar, desapontada com meu fracasso em ser um homem comum. A poltrona voltou a ser meu lugar predileto; ainda possuía a forma do meu corpo, confortou-me. Fitava a escuridão do comodo e pensava, mais uma vez, em quando ela se foi, no por que ela se foi. Agora me parece que estes pensamentos serão mais uma vez a causa das minhas insônias e de minha embriagues.

Continua...



12/09/2015 - Irônico escrever neste dia. Dia de uma pessoa marcante, mas que no momento cede lugar a uma outra que me atormenta. Poderia escrever infinitas páginas sobre causos e sobre sentimentos, mas vou me contentar com o silêncio da falta de entendimento e do desapontamento. Abra teus olhos jovem, o mundo é um moinho.